Dois familiares de suspeitos envolvidos na fuga do soldado Diego Kollucha Santos Vasconcelos do presídio do Batalhão da Polícia Militar em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, foram detidos nesta quinta-feira (4). Eles foram detidos por porte ilegal de armas.
Durante uma operação conjunta do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra os cinco indivíduos suspeitos de participação na fuga. Detalhes sobre o grau de parentesco entre os presos e os investigados não foram divulgados.
Diego Kollucha Santos Vasconcelos escapou do Batalhão da Polícia Militar em 27 de março e foi localizado dois dias depois em Feira de Santana. Ele é acusado de assassinar Juliana de Jesus Ribeiro, gerente de mercado, em maio de 2023, na cidade de Saubara, no Recôncavo Baiano.
De acordo com as investigações, a fuga de Diego Kollucha foi planejada e contou com a assistência direta dos suspeitos, incluindo um policial militar. O MP-BA afirmou que a execução dos mandados visa reunir mais evidências da participação efetiva dos envolvidos.
Durante as buscas, talões de cheque, munição, armas, documentos, celulares, chips e cartões de memória foram apreendidos. Os mandados foram executados nas cidades de Feira de Santana e Itaberaba.
O soldado Diego Kollucha foi detido em outubro de 2023 durante a “Operação Salobro”, que investigava a participação de PMs em milícias na região da cidade de Santo Estevão, também no interior da Bahia. Além do assassinato de Juliana de Jesus, ele é suspeito de outro homicídio na região de Feira de Santana, cujos detalhes não foram revelados.
Após sua prisão, ele foi transferido para o Batalhão da Polícia Militar em Lauro de Freitas, onde policiais investigados por crimes ficam detidos. No entanto, em 27 de março de 2024, durante a “Operação Sangue Frio”, Diego fugiu antes que um novo mandado de prisão pudesse ser executado. Mesmo assim, uma busca foi realizada em sua cela no Batalhão de Choque, onde ele estava detido desde a “Operação Salobro”.
A investigação revelou que Diego havia assassinado Juliana de Jesus sem oferecer chance de defesa, conforme indicado por imagens de câmeras de segurança. Ele foi visto atirando na vítima pelas costas enquanto ela estava rendida.
A Justiça determinou a prisão preventiva de Diego, considerando fortes indícios de que ele planejou e executou o crime de maneira meticulosa. Também foi relatado que ele observou a rotina da vítima dias antes do assassinato e alterou as placas do veículo usado no crime para evitar ser rastreado.
Um mês após o assassinato de Juliana de Jesus, o mercado onde ela trabalhava foi incendiado por um homem, conforme mostrado por câmeras de segurança. A polícia não confirmou se os dois incidentes estão relacionados ou se o PM tem alguma ligação com o incêndio.